Emissões de R$ 3 milhões até junho
Instrumento fundamental no desenvolvimento de mercados de capitais e economias emergentes, os fundos de participação (venture capital e private equity) emitiram R$ 3 bilhões em cotas no Brasil neste ano, até junho, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Esses fundos compram participações em empresas com alto potencial de crescimento e rentabilidade, por meio da aquisição de ações ou de outros valores mobiliários (debêntures e bônus de subscrição, entre outros), com o objetivo de obter ganhos expressivos de capital a médio e longo prazo.
Enquanto o venture capital está relacionado a empreendimentos em fase inicial, o private equity está ligado a empresas mais maduras, em fase de reestruturação, consolidação e/ou expansão de seus negócios.
A essência do investimento está em compartilhar os riscos do negócio, selando uma união de esforços entre gestores e investidores para agregar valor à empresa investida".
Os investimentos podem ser direcionados para qualquer setor que tenha perspectiva de grande crescimento e rentabilidade ao longo prazo, de acordo com o foco de investimentos definido pelos investidores ou fundos.
Ao contrário dos fundos de renda variável (ações) convencionais, os fundos de venture capital e private equity são normalmente estruturados através de "condomínios fechados", ou seja, seus investidores subscrevem as quotas no início do fundo e não há possibilidade de resgate intermediário, pois os cotistas só recebem o capital na ocasião do desinvestimento/venda do fundo nas empresas da carteira, tipicamente de cinco a 10 anos após o início do fundo.
Grandes players
Seus principais investidores são institucionais, em especial os fundos de pensão e seguradoras.
Alguns fundos requerem a adequação à definição de "investidor qualificado", estipulado pela CVM.
No Brasil, existem hoje mais de 300 fundos de participação, segundo a CVM.
Os maiores players mundiais, como Carlyle, estão aqui também.
O Brasil respondeu por 18% de todo volume captado pelos fundos de private equity no mundo em 2011.
Além disso, foi o segundo principal destino dos recursos captados pelos fundos, perdendo apenas para a China.
Fonte: Brasil Econômico - 24/07/2012