Na escola ou não, educação financeira é essencial para mudar o Brasil

O mais importante é ver o dinheiro como uma questão de cidadania, não apenas como problema

Fonte: www.dinheirama.com

A formação de uma geração que possa mudar este país passa necessariamente por avanços na educação, a partir da base. Não que apenas a escola seja responsável por toda formação, mas sua relevância é fundamental neste processo.

Neste sentido, muito mais do que apenas repassar conteúdos e conhecimentos, a escola deve preparar seus alunos para o mundo cada vez mais desafiador e célere em proporcionar mudanças.

Para isso, precisamos que conceitos ideológicos sejam ensinados de forma independente, lembrando que aspectos de comportamento também precisam fazer parte de uma discussão ampla, em que a escola pode (deve) ter papel de maior destaque.

Infelizmente, não é o que presenciamos no Brasil de hoje. O modelo baseado nas ações de memorização faz com que gerações sejam bombardeadas com conceitos equivocados sobre a importância do dinheiro na sociedade.

Os resultados desses atos, somados à negligência do tema no ambiente familiar, é a formação de pessoas sem a mínima consciência financeira e que durante boa parte da vida se envolverão em problemas ligados às finanças, prejudicando sua qualidade de vida.

A escola deveria ser pensada para preparar as crianças para os desafios da vida e parar de mantê-las como parte de um modelo que ao longo dos anos tem se mostrado ineficiente. Neste contexto, a utilização da educação financeira como matéria de discussões e debates seria importante.

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Muito mais do que apenas lidar com dinheiro, a educação financeira trata de uma série de valores, que são fundamentais para formar pessoas que consigam analisar questões importantes para o país sem se acomodar com a mediocridade comum para tantos nos dias atuais.

Educação financeira na escola é muito mais do que falar sobre dinheiro

Além de melhorar consideravelmente a vida das pessoas, a educação financeira permite um fator ainda mais importante: a busca pela (real) liberdade.

Quem não aposta em medidas de consumo consciente e escolha de bons investimentos dificilmente alcançará a liberdade de fato, pois estará constantemente dependendo de outras pessoas e do sistema.

Acredito que a escola deve ter como missão preparar seus alunos para viverem na plenitude de suas vidas e, assim, a liberdade deveria ser uma das metas principais. Além disso, existem outros valores, cada vez mais importantes, que são ensinados de maneira indireta pela educação financeira:

Planejamento: educação financeira é sinônimo de planejamento. Sem ele, é impossível atingir patamares mais elevados de qualidade financeira. Saber planejar é algo importante para todas as atividades. Quem sabe de fato planejar, levando em conta as variáveis, o ambiente e as metas a serem atingidas, faz do sucesso algo natural. A educação financeira mostra que boas escolhas, controles bem feitos e foco fazem toda a diferença;
Disciplina: é comum ouvirmos amigos e pessoas próximas taxarem a atual geração de indisciplinados. Pois bem, se a disciplina não for exaltada e trabalhada já na juventude, os novos adultos acabarão por criar desculpas para justificar seus fracassos. A educação financeira mostra de maneira muito clara e palpável o poder que a disciplina tem em nossas vidas. Gosto de ver a educação financeira e a prática de esportes como formas eficientes de ensinar aos mais novos como a disciplina é fundamental para o sucesso. Oferecer às crianças maior espaço para esses temas nas escolas seria importante para que as novas gerações alcançassem resultados melhores;
Saber eleger prioridades: quem acompanha um jovem no dia a dia percebe que, em geral, eles têm dificuldades em eleger prioridades – é normal buscarem diversos objetivos de uma vez e, muitas vezes, não conquistarem nenhum deles. A educação financeira mostra como é fundamental definirmos muito bem nossas prioridades. Ao mostrar de maneira direta aos mais jovens que eles podem optar por consumir com consciência e construir com inteligência a independência financeira, fica claro que prazeres momentâneos podem prejudicar objetivos realmente importantes, inclusive no longo prazo.
Conclusão

Além destes fatores, ainda temos a utilização da educação financeira durante toda a vida. Estima-se que usamos menos de 10% dos conteúdos aprendidos na escola durante nossa vida. Se aprendêssemos mais sobre algo que usamos todos os dias, como a educação financeira, poderíamos construir um país muito melhor.

O tema é realmente polêmico e muitos acreditam que para chegar nesse objetivo seriam necessárias diversas transformações importantes, inclusive e principalmente na formação e apoio irrestrito dos professores, profissionais tão importantes e pouco valorizados pela sociedade de forma geral.

Temos grandes desafios para construirmos o país que sonhamos, muitas áreas importantes precisam ser olhadas com mais carinho – neste sentido, certamente uma reforma educacional teria espaço, desde que ao lado de conceitos que envolvam excelência e competitividade.

O fato é que a educação financeira, mesmo longe da maioria das escolas, continua transformando vidas! Ficamos felizes e orgulhos em oferecer, aqui no Dinheirama, um espaço democrático e gratuito para este aprendizado, colocando cada vez mais a educação financeira ao alcance de todos.