Solvência: O Brasil se destaca

http://diario.abrapp.org.br/Paginas/Detalhes.aspx?nId=38786

Data da Publicação: 26/2/2016

Vários estudos aqui e no exterior têm mostrado os fundos de pensão brasileiros numa posição que, quando o assunto é solvência, nem de longe justificam análises alarmistas que vez por outra sugerem insuficiência de meios para honrar compromissos assumidos no passivo. Comparativamente a muitos países tomados como referência em previdência complementar de qualidade, o Brasil está melhor.

E está melhor porque, na média do sistema, as entidades brasileiras operam atualmente com um nível de solvência próximo aos 93%, indicando esse percentual o quanto de seu passivo encontra-se coberto pelos ativos que possuem.Tal percentual nos coloca em linha com o Canadá e à frente dos EUA e Reino Unido, o que não é pouco.

Se tantos estudos já mostraram isso, agora surge um outro, este da Willis Towers Watson, que reafirma essa verdade com dados ainda mais recentes.

O estudo da Willis Towers Watson mostra que os planos patrocinados por 413 empresas (relacionadas na lista das 1.000 maiores da revista Fortune) dos EUA encerraram o ano passado com seu nível de solvência na altura dos 82%, percentural muito próximo do verificado um ano antes e que se encontra perto de 10 pontos percentuais abaixo do observado no Brasil.

A análise também constatou que o déficit previdenciário se estreitou, mas muito modestamente, caindo de US$ 319 bilhões, no final de 2014, para US $ 291 bilhões, no encerramento de 2015.

O trabalho estima que as empresas contribuíram com US $ 32 bilhões para seus planos, valor suficiente para cobrir novos benefícios obtidos pelos empregados em 2015, evitando com isso o aumento do déficit e até ajudando a reduzi-lo.

Há espaço para otimismo no estudo da Willis Towers Watson: "Temos vivido quase uma década com os empregadores se mostrando basicamente capazes de financiar seus planos. Se a decisão do Fed (Banco Central dos EUA) de elevar os juros de curto prazo vier a se confirmar e conduzir a taxas crescentes, muito provavelmente teremos uma melhoria no ambiente dos fundos de pensão no ano que vem”, concluem os especialistas da Willis Towers Watson. ( J W )