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O consenso de Brasília

Cristiano Romero

A recente altercação entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi motivada mais pelo momento eleitoral do que pela discordância de teses e programas dos dois líderes. Dilma precisava falar à militância do seu partido, o PT, que está incomodado com várias decisões do governo. Na essência, entretanto, ela está fazendo um governo que não foge do figurino adotado por seus dois antecessores - Luiz Inácio Lula da Silva e FHC.

Depois da euforia (V): a demografia

Fabio Giambiagi

Encerro hoje a série de artigos acerca do meu livro com Armando Castelar ("Além da euforia", Editora Campus) sobre os problemas que todos sabem que caracterizam a economia brasileira, mas diante dos quais agimos como se não existissem. Além da apresentação inicial das principais ideias do livro, os artigos trataram das questões da produtividade, da poupança doméstica e da educação. Hoje iremos abordar o desafio demográfico. As regras de aposentadoria no Brasil são o nosso "lado grego".

Governo vai concluir reforma previdenciária do setor público

JOÃO VILLAVERDE / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Para conter rombo, governo quer fundo de pensão para Estados e municípios

João Villaverde

BRASÍLIA - O governo federal trabalha nos últimos detalhes para a criação de um grande fundo de PENSÃO para Estados e municípios, num esforço para controlar um déficit acumulado superior a R$ 1,5 trilhão. Levantamento inédito do governo, obtido pelo Estado, aponta que o déficit previdenciário de 25 Estados e Distrito Federal (DF) com seus servidores aposentados foi de R$ 1,46 trilhão em 2011.

Agonizando, Portugal aumenta o arrocho

No momento em que Portugal tem dificuldades para honrar o compromisso de redução do deficit público e recebe assistência financeira, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou, ontem, novas medidas de austeridade para o ano que vem. A principal delas é o aumento dos encargos para a PREVIDÊNCIA Social por parte dos trabalhadores dos setores público e privado. Por outro lado, ele prometeu reduzir as contribuições patronais a fim de favorecer a criação de vagas. O desemprego no país já atinge 15% da população ativa.

Fundos de pensão vão reduzir meta de rentabilidade

ADRIANA FERNANDES / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) deve analisar este mês uma proposta de redução da meta de rentabilidade dos investimentos feitos por fundos de PENSÃO. Com a diminuição do rendimento das aplicações financeiras - reflexo dos cortes de juros -, tem sido cada vez mais difícil achar investimentos que garantam um ganho de 6% acima da inflação, que é a meta atual.

Aposentadorias da Funpresp

Marcelo A. Caetano, Felipe Vilhena Amaral e Fabio Giambiagi

Em abril deste ano, o governo federal efetivou importante passo no conjunto das reformas previdenciárias necessárias ao país por meio da aprovação do regime de previdência complementar dos seus novos servidores públicos. A entidade responsável pela gestão da nova previdência receberá o nome de Funpresp e cada um dos poderes da União terá o seu próprio fundo. Apesar da aprovação legal, as três Funpresps ainda estão em fase de criação. Vários detalhes relevantes somente serão conhecidos após publicação dos regulamentos e estatutos.

Funcef deve revisar meta atuarial ainda neste ano

Por Mônica Izaguirre | De Brasília

A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, deve revisar sua taxa de juros atuarial até o fim deste ano, afirmou o presidente da entidade, Carlos Alberto Caser. Atualmente, o fundo de pensão trabalha com uma projeção de retorno real (descontada a inflação) de 5,5% ao ano sobre seus investimentos. A tendência é reduzir esse patamar para torná-lo mais compatível com a nova realidade da taxa básica de juros, hoje de 7,5% ao ano em termos nominais, acrescentou.

Desintoxicação dos juros altos

Zeina Latif

Economia se deteriora na China e põe em risco meta de crescimento

Por Bloomberg

A economia chinesa exibe crescentes sinais de deterioração, da indústria ao setor bancário. O desaquecimento eleva o risco de que o premiê Wen Jiabao, em fim de mandato, deixe de cumprir sua meta de crescimento pela primeira vez desde que assumiu o cargo, em 2003.